Economia e Trabalho

Plano estratégico de Zes único? “Muito positivo” para Mazzuca, vice-presidente da Confindustria

“Avaliamos positivamente a estrutura e o conteúdo do plano estratégico da ZEE Única apresentado pela Primeira-Ministra Giorgia Meloni e pelo Ministro dos Assuntos Europeus, do Sul, das Políticas de Coesão e do PNRR, Raffaele Fitto”.

Assim o Vice-Presidente da Confindustria para Políticas Estratégicas e Desenvolvimento do Sul, Natale Mazzuca.

“Em particular, concordamos com a identificação das cadeias de abastecimento a reforçar – com os sectores prioritários relacionados – e as tecnologias a promover. Entre os primeiros – explicou – Agroindústria, Turismo, Electrónica-TIC, Automóvel, Qualidade Made in Italy, Química e Farmacêutica, Naval e Construção Naval e Aeroespacial. As tecnologias a promover lembram, em grande parte, as indicações do Regulamento Europeu STEP, incluindo Digital, Cleantech e Biotech.

Sobre isto, no contexto da discussão construtiva iniciada com o Governo, há uma ampla convergência com os contributos que temos prestado nos últimos meses à Estrutura de Missão – observou o Vice-Presidente – que sublinha quão “muito relevante” é o foco dedicado a investimentos em infraestrutura. Sem entrar em detalhes dos projectos, o Plano dá uma orientação clara sobre as prioridades de intervenção para os próximos anos com base nos recursos disponíveis, PNRR e Fundos de Coesão em primeiro lugar, na consciência de que a lacuna infra-estrutural representa uma das principais lacunas para a economia e para a indústria do sul” – destacou Mazzuca.

“O desafio agora é a implementação, à qual a nossa rede territorial, no seu papel de “facilitadora”, pode dar um forte impulso, a partir do estabelecimento das autorizações únicas. O objetivo é tornar o processo mais fluido, recuperando uma lógica de proximidade que facilite assentamentos e investimentos consistentes com as linhas estratégicas do Plano. Confiamos que esta colaboração possa ser um elemento fundador do trabalho conjunto destinado a apoiar o desenvolvimento e o emprego no Sul.

Mas estes são objectivos ambiciosos que exigem uma visão orgânica, composta também por recursos financeiros adequados. É por isso que reiteramos que o crédito fiscal é uma componente essencial da operação da ZES Unica. Os dados dos últimos dias sobre os pedidos de ajuda ilustraram a fase de grande dinamismo que vive o sistema produtivo do Sul, também ligado a uma maior propensão para investir.

É portanto importante apoiar e implementar esta tendência positiva, ao mesmo tempo que a recente disposição para a distribuição de recursos para esta medida está a gerar fortes preocupações” – afirmou o Vice-Presidente da Confindustria.

“Por isso, com o Governo, teremos que trabalhar nos próximos meses para identificar a real necessidade de recursos e comprometer-nos a aumentar os disponíveis, adaptando-os o mais possível à procura empresarial e explorando todas as ferramentas úteis para esse efeito. .

Ao mesmo tempo – acrescentou Mazzuca – será necessário garantir que o crédito fiscal tenha um horizonte plurianual, incentivando assim um planeamento de investimentos que, por um lado, evite a pressa de reservar os fundos disponíveis numa única janela temporal e, por outro lado, garante às empresas um quadro de segurança jurídica funcional à sua competitividade.

Neste sentido, saudamos as garantias fornecidas pelo Governo nos últimos dias – afirmou, incitando “uma acção corajosa e radical, sem ideologia e preconceito, em que a estrela do norte é uma visão estratégica de longo prazo, que gira no Sul de Itália como um factor determinante para o crescimento do nosso país. Num país que ainda tem divisões internas tão profundas, o verdadeiro esforço deve partir do reequilíbrio social e económico dos territórios”.

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